8.1.09

De volta à minha casa

Pois é... o ciclo me trouxe de volta à minha terra natal!
Tenho muito que contar desde meu último dia no trabalho, das viagens que fiz antes de voltar e da emoção de estar de volta.
No momento, estou aproveitando ao máximo estar com as pessoas que eu estava morrendo de saudades e colocar o papo em dia.
Me aguardem que eu volto em breve para o blog!

27.11.08

Ciclos

De Jund City para São Bernardo, e depois para São Paulo, Londres, Madrid, Jundiaí. A vida é mesmo um ciclo, que chega num ápice num momento e logo vem a queda, e o ápice, e assim vai. E de altos e baixos vivemos. Quem sabe é o que dê mais graça à vida: saber que quando as coisas vão mal, logo isso tem que mudar pra melhor.

Uma das melhores coisas de estar em um lugar novo é o descobrimento, quando tudo é novidade e quando você começa a se identificar com algumas pessoas, e a fazer amigos. Pessoas que, mesmo que tenham vivido desde sempre uma cultura totalmente diferente da sua, têm algo parecido com você. Aí você se aproxima, se abre, passa meses juntos, momentos para vida toda e... Respeitando a lei do ciclo, elas e/ou você, uma hora retornam ao seu lugar de origem.

E aí vem a pior parte: a despedida. Essas pessoas que você gostaría de carregar pra onde vá porque quer tê-las por perto, voltam pro aconchego do lar e retomam a vida que tinham antes. Mas agora com muitas memórias mais, uma experiência sem preço e a certeza de que terão que conviver e lidar com as saudades que a distância impõe.

Depois de ficar de pé das primeiras despedidas, o certo seria que, para as próximas, criasse um escudo sentimental que as tornassem mais amenas. Ledo engano. Estou novamente nessa fase e as coisas parecem ser ainda mais difíceis... Porque as primeiras pessoas das quais me despedi, não voltei a ver ainda. E por isso sei que o até logo pras que vão agora não será tão logo assim.

A promessa é de que nos possamos ver um dia desses, que o universo conspire a nosso favor e fica a torcida para que nossas vidas voltem a cruzar-se.

Logo, mais um ciclo da minha vida se acaba para iniciar um novo. Que a curva desse ciclo siga subindo em direção ao ápice!

- Piada interna: e que venha 2010! ;)

23.11.08

Fotitas

Atualizei minhas fotos da viagem pra Granada e Granja de San Ildefonso no meu Flickr.

19.11.08

Era uma vez um clima seco...

É mais difícil pra uma pessoa que sempre viveu num clima tropical adaptar-se ao clima seco. Madri é muito seca. Nesse post, vou desconsiderar o efeito que o clima causa no humor das pessoas e me focar somente nas consequências físicas que tenho observado.

Mulheres com pele oleosa (me incluo) aqui se dão muito bem. A pele não brilha com tanta facilidade e o cabelo pode aguentar até três dias com cara de limpo. Uma maravilha.

Os apartamentos aqui geralmente são muito pequenos e dificilmente existe uma área exclusiva para a lavanderia. Também raramente existe uma terracinha para colocar o varal tamanho micro, e quando existe, é tão pequena (como a minha) que não cabe o varal portátil micro. Por isso, geralmente ele fica no meu quarto, perto da janela. O clima é tão seco que, mesmo com a janela fechada, se coloco a roupa pra secar de manhã, à noite do mesmo dia já está seca. Uma maravilha. A diferença é que o tecido não fica “molinho” como estava acostumada, mas a roupa sai do varal parecendo uma folha de papel. Um saco pra passar.

Eu tenho uma relação muito particular com o frio. Sou muito friorenta e o odeio. O frio aqui é seco também, por supuesto. Mas não sei diferenciar entre o clima frio de um lugar húmido de um seco. Frio é frio. Se bem que o frio em Londres subia pela espinha e chegava até as pontas dos cabelos. Assim de surreal. Uma geladeira.

Por outro lado, é tão seco que quase nunca chove. Por mim, perfeito. Como dependo de transporte público, não corro muito o risco de tomar um banho com a água suja da poças d´água quando passam os carros. Odeio andar por aí feito um pinto molhado. O ó!

A pele, consecuentemente, resseca muito. É necessário um banho de hidratante pelo corpo praticamente todos os dias. Um prejuízo. Também tenho mais sede que antes.

E uma coisa nojenta, mas que é verdade, o nariz produz mais catota. Deve ser pra proteger mais o nariz do ar tão seco que vira e mexe faz o nariz sangrar. Mas a catota fica tão dura que até dói. Incomoda. Um asco.

17.11.08

SEN-SA-CIO-NAL!

Faca é faca porque é faca. Livro porque é livro. Flor porque é flor. E assim vai. É assim porque alguém um dia resolveu chamá-los desse jeito.
Substantivo é substantivo porque dá nome às coisas. E adjetivo é adjetivo porque atribui características às coisas.

No fim de semana passado estive em um espetáculo de dança que de verdade foi um espetáculo. Daqueles que no final ninguém se cansa de aplaudir de pé por muito tempo. Que te dá vontade de chorar de tão sensacional. Eu confesso que segurei o nó na garganta porque achei que sería ridículo eu ser a única a chorar. Talvez muitos dissessem que não tinha motivo nenhum. Mas que felicidade quando vejo o cara do meu lado aos prantos. E de verdade, todos com a emoção estampada na cara!

Já tinha sentido algo parecido quando vi pela primeira vez o Cirque du Soleil. Saí de lá com a sensação de ter visto a coisa mais espetacular que pudesse ser criada pelo ser humano: as cores, a naturalidade da sincronia, a música, tudo. Mas dessa vez foi diferente.

Estou falando de Sutra, um espetáculo da Sandler´s Wells (companía de dança británica) que tem a coreografia de um polonês que conseguiu combinar dança com “o poder da meditação, a energia das emoções, as artes marciais e o budismo”. Esse cara idealizou e ensaiou o espetáculo com seus companheiros de cena no seu lugar de origem: o Templo de Shaolin, na China, lar dos monjes budistas desde 495 a.C.

O resultado foi sensacional. Música ao vivo de fundo, sugerindo sons da natureza; movimentos e sincronia perfeitos, com a coreografia utilizando uma caixa de madeira o tempo todo. A caixa que é feia sozinha, mas que no conjunto chegou até a formar uma flor de Lótus.

Estou longe de estar entre os críticos de arte de prestígio, mas minha humilde opinião é que assisti uma verdadeira obra de arte. Formada por pessoas que não se comunicam através da linguagem verbal, mas através da música e da dança, o que faz desse espetáculo universal. Também é a prova de que uma pessoa pode ser muito boa no que faz, mas seguramente ela terá resultados muito melhores se souber interagir com uma equipe, que é quando se vê a magnitude da capacidade humana.

Minha conclusão é que “show” e “espetáculo” são substantivos que deveríam ser adjetivos e, como tal, atribuiría a característica “sensacional” à uma apresentação. Exemplificando, o show de um cantor sertanejo não é um show, sorry. É uma apresentação e só devería ser chamada de show se fosse sensacional. Mas como tudo nessa vida é relativo, sensacional é sensacional quando é unânime.

4.11.08

Retorno escatológico

Depois da decisão do “eu volto”, vem a fase de planejamento de umas viagens por aqui. Aquela velha história do “já que tô aqui"...

Esse finde começamos por Granada. Cidade linda de morrer, patrimônio da humanidade, vistas maravilhosas, comida idem (já, já coloco as fotos).

A ida foi bem tranquila, em carro, o que significa que fui dormindo boa parte do trajeto. Tudo por lá, como já disse, foi um espetáculo. Mas a volta é que foi um tormento.

Voltamos em ônibus. De verdade que o problema não eram as 5 horas sentada numa cadeira não muito confortável. O problema foi ter um(a) peidorreiro(a) desgraçado(a) bombando todo o trajeto!

A primeira rajada foi logo no início da viagem, bem pra me arrepender de ter insistido tanto que valia muito a pena voltarmos em ônibus e não trem, que custaría 5 vezes mais... As outras 5 ou 6 (juro!) viriam durante o percurso até Madri. Quem dera fosse algo imperceptível, mas infelizmente era algo insuportável! A cada uma eu tentava proteger meu nariz como fosse possível e olhava pra trás com cara de indignação na tentativa de fazer com que o peidorreiro se sentisse sem jeito e parasse em nome do Senhor! Mas além de podre ele era muito cara de pau, combinação bombástica pra personalidade de um ser humano que convive em sociedade...

A cada vez eu reclamava alto e tentava descobrir quem era o infeliz. Com certeza era alguém que estava sozinho, senão o amigo já teria reclamado. Com o passar das vezes, percebi que eu e o Arvelos éramos os únicos incomodados (o que era incrível considerando o estrago), e passei a acreditar que a peidorreira era a desgraçada sentada atrás de mim. Educação e respeito zero. Finesse então...

Finalmente a viagem que parecia interminável acabou, consegui respirar ar puro e me livrar do mau estar que já estava me matando...

Mas minha investigação continua para descobrir qual foi o pecado que cometi para merecer esse castigo...

31.10.08

Radiante

Ter um blog cria algo engraçado dentro do blogueiro. Quando fico muitos dias sem postar, começo a ter um sentimento de culpa por não dar uma satisfação aos meus leitores (mesmo que os meus não formem uma legião muito fiel). E depois do período da ausência vem sempre uma explicação...

A minha é que estive na fase final do meu projeto de conclusão da pós. Mas hoje tenho muito motivo pra escrever porque é um dia muito feliz pra mim: terminei esse ciclo da minha vida que se iniciou há um ano. E o mais gratificante foi fechar com chave de ouro com nota "sobresaliente", ou se preferirem, 10!

Esse ciclo fecha e começa um novo. Aproveito para avisar aos desavisados que em dezembro estou voltando pro Brasa! Dessa vez pra ficar.

Mais que nunca será "Ano novo, vida nova!"