14.10.08

Sobre Portugal

Portugal, apesar de ser considerado o primo pobre da Europa, tem lá seu charme. Estive em Lisboa, Serra da Estrela e Santa Comba Dão (onde conheci a família portuguesa do meu namo), demos uma passadinha por Sintra (uma graça!), Porto e Batalha (tem uma catedral impressionante de linda).

Tá certo que as cidades e seus monumentos não estão tão bem conservados quanto em outros países mais ricos e às vezes quando eu passeava pelo centro de Porto, por exemplo, com aquelas casas muito antigas, tinha a sensação de que a cidade estava caindo aos pedaços (pior se um azulejo descolasse e caísse direto na minha cabeça). Mas ainda sim é Europa. Quem dera o centro de São Paulo estivesse tão bem conservado como está a cidade mais pobre desse continente...

É inevitável comparar o “descubridor” e o “descuberto”. Enquanto os caras já tinham séculos de história pra contar, nós ainda nem estávamos no mapa...

Adorei todas as cidades que estive. O tempo era curto, então caminhar pelas ruas centrais das cidades e viajar de carro foi a melhor maneira de conhecê-las. E de alguma forma saber mais de nossas raízes. Aqueles prédios grudados um no outro na orla de Santos (SP), por exemplo, é muito parecido à arquitetura em Porto.

Cada cidade tem sua peculiaridade, mas todas com um ponto em comum: a Igreja. Tipicamente católico, claro que os principais pontos turísticos estão relacionados à Igreja: mosteiros e catedrais, ruas e praças com nomes de santos, onde estão também imagens de reis ou heróis da história portuguesa. Aliás, percebe-se que o país se orgulha muito do espírito desbravador e isso se vê nos museus e monumentos dedicados à história do descubrimento.

Por um momento, visitando as instalações da Torre de Belém em Lisboa e com vista ao Tejo e ao horizonte que confunde o rio com o mar, imaginei aquilo tomado por navios saindo em direção ao nada ou a algum lugar, sem saber onde chegar.

Os mais idosos são mesmo pessoas um pouco tristes como a gente os esteriotipa. As viúvas vestidas de negro é muito típico. Mas em relação aos jovens tive a sensação contrária: super vivos, alegres e simpáticos. Aliás, a simpatia das pessoas foi algo que mais me impressionou (lembro que aqui por Madrid já tô ficando acostumada com o mau humor das pessoas). E em todos os lugares, inclusive os garçons! O Nuno (primeiro garçom da viagem) fez até um roteiro da cidade pra gente, com várias dicas legais de um “local”.

E a comida... afe! Muito boa e muito barata! Comi bacalhau de tudo que é tipo. Um exagero de bom! E vinhos... provei vários. A sorte é que não curto aqueles doces com ovos. Mesmo assim, o resultado foi pelo menos uns 2 kilinhos a mais...

Não sofremos nunhum tipo de preconceito diretamente, mas a imagem dos brasileiros em Portugal não é das melhores. Muitos foram para lá tentar uma vida melhor e ganhar dinheiro, mas têm os que viraram criminosos, roubando ou matando. Bom, brasileiro é uma praga e estamos em todo lugar. Mas em Portugal somos uma avalanche. Nos disseram que agora já não somos mais o foco da atenção porque os brasileiros que vivem lá já estão inseridos na sociedade portuguesa e porque a bola da vez são os romenos que agora são os donos dessa má fama em toda Europa.

Gostei muito e recomendo. E ainda quero voltar.

2 Comentários:

Às 16:12 , Blogger mc disse...

que bom post!
e ai, usou minhas dicas?

 
Às 00:06 , Anonymous Anônimo disse...

Barangona, Brasa já!

 

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