30.9.08

Desencontro

Pode parecer bobeira. E eu realmente entendo se parecer. Porque nunca fui tão fã de uma banda ou artista ao ponto de ficar chorando e me esperneando por um estranho. Nem na adolescência. Gostava de uma ou outra banda do momento, tipo Menudo ou New Kids on the Block (Jisuis!), mas era sempre coisa de momento mesmo.

Mas acho que hoje estou sentindo um pouco adolescente...
Estou indignada que o Dave (Matthews Band) esteve no Brasil e eu estou aqui, longe! O pior é que fico me torturando... acompanhei desde a notícias que eles estariam no Brasil (em mais de 1 cidade!), enviei pra amigos essa informação, li as notícias de como tinha sido o show, que músicas cantou e com quem, vi fotos de amigos no show... Só não pensei no show enquanto ele estava cantando em SP pelo motivo que está no post anterior...

Mas não passa nada. Sigo caçando-o por aí para tentar reencontrá-lo depois de 10 anos que o vi pela primeira vez (Free Jazz/98).

Quem é Dave? Pira:


(com Leroi Moore...)

28.9.08

"Acojonante!" = de fod...

Estive ausente alguns dias do blog porque ando meio ocupada entre ciceronear minhas amigas que vieram me visitar essas duas últimas semanas (e faço questão absoluta de estar com elas o máximo de tempo que eu puder) e terminar meu trabalho de conclusão da pós...

Hoje, especificamente, depois de gastar 2h30 num arquivo maldito do meu TCC, ele simplesmente desapareceu do computador. Depois, claro tive que reconhecer que a culpa era toda minha por não ter salvo o arquivo no lugar certo desde o começo.

Depois de assumir o erro, vem a pior parte que é sensação de tempo perdido, sentir-se uma estúpida idiota e sentir raiva de mim mesma. Man anfã, a vida é assim... A parte boa da história é que quando tive que refazer o arquivo, a velocidade foi muito maior. Claro, já tinha tudo na cabeça.

Aproveitando o momento de fúria, vou aproveitar minha vontade de falar 1 milhão de palavrões, ensinando meus leitores a xingar em espanhol. Mas como sou fina, mesmo nessas horas, vou escrever com meias palavras:

- Joder!/ Hostia! = caral..
- Coño = genital femenino
- Polla = pinto
- Maricón = bicha, veado
- Gilipollas/cabrón/ capullo = idiota, babaca
- A tomar por culo = vai tomar no ...
- Vete al carajo = vai à mer...
- Me cago en la leche!/Me cago en la boca de tu puta madre (essa é a pior ever!) = não tem uma expressão como essa em português. Mas é pra quando você quer insultar alguém ao ponto de ter um inimigo. ui!

Agora uma pegadinha. Puñeta = chatice ("puñetazo" = soco). E olha que esquisitas essas frases:
-Hacer la puñeta = encher o saco
-Mandar a hacer puñetas = mandar catar coquinho

Uma peculiar: cojones = saco. Mas essa palavra é usada em inúmeras expressões, como:
- Pasarse por los cojones = entrar por um ouvido e sair pelo outro
- Tocar los cojones = encher o saco
Cojones até é tema pra tese.


Ufa! tô mais aliviada agora. kkkkkk

22.9.08

Papéis molhados

Algumas notícias que vejo por aqui frequentemente me lembram minhas aulas de história. Daquelas sobre a época da escravidão no Brasil, quando os africanos eram levados em navios negreiros. Morriam durante a viagem devido às condições precárias que eles eram submetidos e os mortos ainda eram jogados no mar no meio do caminho.

Ano 2008. Praticamente todos os dias vejo nos jornais e na tv que chegam barcos pequenos (para não dizer canoas) à costa da Espanha (Ilhas Canárias) trazendo centenas de subsaarianos. O ponto de partida deles é principalmente o Senegal. Pelo pouco que sabemos da condição de vida nas cidades africanas muito afetadas pela miséria e todas suas consequências, dá pra imaginar o que leva essas pessoas à arriscarem suas vidas atravessando o oceano em 6 ou até 12 dias. Na verdade, não sei se nossa imaginação conseguiria nos dar a verdadeira noção do que é a realidade dessas pessoas. São homens, mulheres, menores de idade e bebês que chegam aqui desidratados, com hipotermia e muitos problemas de saúde por estarem tanto tempo à deriva e por beberem água salgada, seu único alimento, depois de tantos dias, em alto mar. Os que morrem no caminho são deixados pra trás, ou melhor, jogados no mar.

Esses barcos quase nunca conseguem chegar ao continente e acabam sendo resgatados pela guarda costeira já na Espanha. Isso porque os "coiotes" (tipo os que atravessam as pessoas do México pros EUA) fornecem o barco pra que eles realizem a travessia, mas com gasolina suficiente pra só metade do trajeto...

Quando eles chegam aqui, se instalam em bairros habitados por seus conterrâneos e se amontoam em quartos, e até fazem revezamento com seus companheiros, assim todos podem dormir como se deve: na cama. Como não têm nenhuma qualificação profissional e não falam nada em espanhol, viram camelôs, vendendo bolsas, relógios, DVDs e bugigangas piratas no centro da cidade. Por isso, vivem fugindo da polícia.

Será que muita coisa mudou na vida dessas pessoas, me arrisco a dizer, nos últimos séculos?
Qualquer semelhança com a época da escravidão é mera coincidência...

Veja vídeo sobre a chegada de um barco na Espanha. Clique aqui.

O grupo Chambao (aliás uma das poucas bandas espanholas que eu gostei até agora) também já dedicou uma música a esses imigrantes. Assista aqui.

18.9.08

"Bery répi"

Assistir televisão aberta na Espanha é um tormento. A programação é péssima, cheia de programas de fofoca sobre a vida dos artistas, e os apresentadores brigando com eles, porque eles têm sim que dar satisfação das suas vidas. Os toureiros pra mim são novidade. Não tinha idéia que esses caras eram tão observados, tanto ou mais que os jogadores de futebol.
Um ou outro programa dá pra assistir e dar uma risadinha. Como o "Sé lo que hicisteis", o CQC espanhol, o "Callejeros" ou o Programa do Buenafuente.

Depois da meia-noite tem 2 canais (da televisão aberta!) que passam trechos do auge de filmes pornô. Erótico não. Pornô. Uma criança acordada a essa hora, com controle na mão, é um perigo.

Os intervalos comerciais são longuíssimos. 12 minutos por hora é o tempo permitido aqui. Sei não. Nunca cronometrei, mas minha impressão é que dura muito mais que isso. É tempo suficiente até pra esquecer o que você estava assistindo depois que você começa a zappear.

O espanhol tem como cultura só assistir filmes dublados. Na televisão eu entendo, pelo menos estou mais acostumada. Mas quase todos os cinemas por aqui só têm as versões dubladas. Por isso, quase sempre vou ao mesmo cinema, onde posso ver o original. Por acaso, ou não, são cinemas menores, já que não tem tanta audiência assim, e, dependendo da sala, a tela tem o tamanho um pouco maior que a da minha televisão. Bom, daí concluí de onde vem a péssima habilidade do espanhol em aprender inglês. (Incompetência que eles mesmo assumem). Você já conversou com um espanhol em inglês? Assista essa entrevista do Nadal.



Tendeu?

17.9.08

Passatempo é bom e eu gosto

Depois de um post todo cult, tenho que admitir que também gosto de coisas mais pop. Afinal, ninguém é perfeito. Mas é o que ajuda a "descansar" o cérebro. Se você estiver precisando dar um tempo pros seus neurônios, recomendo:

Filme Mamma Mía: Eu já tinha visto o musical em Londres e tinha adorado, mesmo não sendo fã número 1 do ABBA. O filme é mais engraçadinho, além de ter as paisagens incríveis da Grécia e a participação da excelente Meryl Streep y do bonitão Pierce Brosnan.
Ótimo para dar umas risadas. E dar saudades das minhas amiiiigas...

Categoria "fofos,bonitinhos":

- Wall E: adorei o Walleeeeee e a Evaaaaa!

- Livro O Menino do Pijama Listrado, de John Boyne (já, já estréia o filme também). Via todos os dias várias pessoas no metrô lendo esse livro. Eram tantas que já reconhecia a capa de longe e me deu vontade de saber o que todo mundo estava lendo.
Aborda o holocausto sob o ponto de vista ingênuo e emotivo de um menino fofo de nove anos, filho do comandante de Auschwitz, que desconhece o mundo que o rodeia. Por isso, é um livro de leitura fácil e até com um certo toque infantil. Uma nova releitura de "A Vida é Bela". Para crianças e adultos.
Apesar de algumas repetições que o autor insiste em fazer algumas vezes, que me irritava um pouco, o livro é bonitinho e vale dedicar algumas horinhas a ele. Adorei também.

15.9.08

Noche en Blanco

A noite começou às 21h. Não estava tão frio no começo. E nada como uma pedaladinha pra esquentar. Isso quando era possível porque o centro da cidade estava tão cheio que em alguns trechos só se podia levar a bike a pé mesmo.
Fomos de um lado pra outro, até quando o frío e o cansaço finalmente chegaram, às 3h. Muita coisa ficou pra trás, claro, mas curtimos muito o passeio.
Resultado: dor causada pelo banco da biclicleta, lábios rachados pelo vento frio e fotos!

12.9.08

Esse blog também é cultura

Adoro fins de semana culturais. Essa é uma grande vantagem de viver na Europa porque sempre tem alguma coisa nova pra ver/fazer, em quantidade e qualidade. E (quase) sempre com preços de razoáveis a baratos, sem stress para conseguir ingressos. E se você não quiser pagar pra entrar nos museus, tem sempre umas duas horas antes de fechar, todos os dias, que a entrada é gratuita. Ótimo pra residentes. Assim, dá pra ir ao Prado, por exemplo, e ver cada dia um pouco, sem enjoar ou acabar com as pernocas. Lá, apesar de todos os Goya e Velázquez, o que sempre paro pra ver é o Jardim das Delícias, de hieronymus Bosch. Cada vez que você o vê, encontra alguma coisa diferente.

Por muitos finais de semana rodamos alguns museos atrás das exposições da "Photo España", onde conheci os dois fotógrafos Bill Brandt e Edward Steichen. O Reina Sofía é meu preferido, com os Picassos e seu Guernica e outras exposições super modernosas como a de Novos Meios e Tecnologías com peças interativas incríveis. O Caixa Forum também tem sempre coisas legais, como Alphonse Mucha e Charles Chaplin, que é simplesmente demais.

O hit do verão foram os "Cines de Verano": cinema ao ar livre, por metade do preço normal, onde você pode assistir um dos filmes que você perdeu durante o ano. Esses são os mais "pop". Tem um outro, na Casa Encendida, com uma programação de filmes mais "cult" antigos, de vários países. Nesse que fomos. Todos os sábados de agosto a gente estava lá, assistindo filme sob as estrelas, curtindo um ventinho bater pra aliviar o calor. Teve de tudo, um filme mais louco que o outro. Até filme só com atores anões eu vi. Engraçado de tão bizarro. Mas o que recomendo é o "Le charme discret de la burgeoisie" (1972), de Luis Buñuel. Engraçado e atual.

Sábado vimos o concerto da Orquestra Nacional de Espanha, acompanhada pelo chinês Lang Lang no piano (aquele da abertura das Olimpíadas). De-mais!

O finde que se aproxima promete. Sábado rola a "Noche en Blanco", um evento no centro da cidade que abre as portas gratuitamente de todos os museus e dos principais pontos turísticos, das 21h às 7h, com a diferença da mega produção que eles fazem com projeções nos prédios, shows de tudo quanto é tipo, em tudo que é praça. A maioria das ruas do centro são fechadas porque ficam abarrotadas de gente. Pra conseguir se movimentar pela cidade e ver bastante coisa, só em bike.

A seguir cenas do próximo capítulo...

11.9.08

Dois sustos no mesmo dia

Fomos jantar num restaurante super bacaninha estilo "hamburguer gourmet", en Chueca, um bairro com vários restaurantes e bares transados. Também pudera, é o bairro gay de Madrid. E é indiscutível o fato desses caras serem mais exigentes e terem bom gosto. Pra comida, vamos deixar claro.

Já "treinados" pelos "espanhóis cara fechada" entramos no lugar e fomos direto pra mesa, como fomos acostumados por eles mesmo, sem nem precisar se incomodar a dizer o básico "hola, qué tal?". Mas tivemos que voltar porque ouvimos uma voz: "Boa noite. Mesa pra dois?". Pedimos desculpas e voltamos, sem graça, pra falar boa noite. "É que aqui temos o costume de falar boa noite pros nossos clientes". Oooops. Mesmo sendo simpático em princípio, tem que dar uma espetadinha em seguida.

Quantas vezes já disse boa noite e como resposta... grilos. Nada. Como já aprendemos a conviver com garçons mau humorados e já sabemos como lidar com eles, é normal ficar surpreso com uma reação tão simples como rara de um “boa noite”. E claro, retribuir com um sorriso de orelha a orelha por não estar acreditando.

Não quero ser maldosa e dizer que todo espanhol é igual. Não. São só os madrilenhos mesmo, salvo poucas exceções. Nem o próprio espanhol costuma simpatizar muito com o madrilenho.

Mudando de assunto, mas aproveitando o post... Nesse mesmo dia, às 1h30 da manhã acordei com um barulho muito forte de chuva (me lembrou o Zetaflex de alumínio em casa ao lado do meu quarto, quando era possível até escutar quando um gato pulava nele. Quando chovia forte então...). Saí pra ver o que estava acontecendo e caía impresionantemente muito, mas muito granizo, dos bitelos. Nunca vi algo parecido. As luminárias das ruas todas quebradas e dava dó dos carros, todos pipocados. Chegando no trabalho de manhã ainda dava para ver os resultados: rua interditada por dois palmos de altura de gelo.

8.9.08

Você ainda vai espanar

Eu tenho minha teoria de que, um dia, todos "espanam". É um pouco aquela história que de perto ninguém é normal.

Pode reparar. Uma pessoa que você conhesse há anos: parente, amig@, namorad@. Ou não necesariamente anos, mas muitas horas, todos os dias, repetidamente. A intimidade vai permitindo que vocês se deixem revelar coisas do seu mais íntimo íntimo e aí é quando pipocam idéias que beiram à loucura.

Outro dia, uma certa pessoa, cheia de ideáis criativas, veio com a sugestão:
- "Imagina se fizéssemos como esses músicos e cantores, que tocam ou cantam por 2 ou 3 minutos em cada vagão do metrô. Mas ao invés de uma música normal como a deles, a gente canta algo com uma língua inventada, que ninguém entenda."

Eu acompanho o pensamento da pessoa, enquanto ela me exemplifica como seria esse novo idioma, gritando: "dkjhssd sdldjfjm osdijsoff sodjfsod !!!! aaaahhhh!". E pior que eu entro na dela e continuo:

- "Muito bom! Aí eu fico alí de fundo e faço um show de air guitar!" (aquele que você acredita que está tocando mesmo uma guitarra sem que carregue uma).

Depois de rirmos com nossa apresentação, imaginando as caras das pessoas no metrô, a pessoa termina:
- "Sério. Se tivesse alguém que fosse comigo, eu faria".

Essa mesma pessoa utiliza muito o metrô como fonte de inspiração. Quando está atrasada pra ir trabalhar, olha bem pra cara do condutor do trem, puto, e aponta o relógio, como quem quer dizer: "tá atrasado de novo, meu irmão!"

E outro dia me pergunta: "quando você vê o metrô vindo, você não tem vontade de pular na frente dele?".

Essa pessoa aí tá espanando. Ainda está no nível "espano em grupo".
Eu ainda não cheguei nesse nível. Mas adoro ouvir essas histórias de louco. Qual é a sua?

5.9.08

Pra que serve o dedo mindinho?

Certas coisas estão aí por alguma força divina. Devem fazer parte de algum tipo de teste do nosso Criador para nos pregar uma peça e dar um pouco de risada com os pobres mortais.

Ontem, por motivos alheios à minha vontade, sem relação nenhuma com a minha falta de coordenação motora, topei três vezes o dedinho do pé na cadeira. O mesmo dedinho do pé direito. Aquela coisinha feia esquecida lá embaixo, que não serve para nada e que só lembramos que está lá nesses casos de dor. É a famosa pulga atrás da orelha.

A funcionalidade do mindinho é a mesma do apêndice e das amídalas: nula.
Claro que sempre há quem consiga tirar proveito da situação. O apêndice e as amídalas fatalmente teremos que tirá-los: $$ pros médicos e pros planos de saúde. A amídala ainda ajuda o mercado de sorvetes a se manter em alta mesmo no inverno. E o mindinho dá $$ pras pedicures e podólogos, já que precisam usar uma lupa e fazer ginástica para cortar a unha minúscula e deixá-la com uma cara mais bonitinha.

Dei uma “googada” e achei que alguns estudiosos acreditam que, com a evolução da nossa espécie, o mindinho irá diminuindo até desaparecer daqui algumas gerações.
Alguns podem dizer que ele serve pra dar equilíbrio ao corpo. Não. Isso é papel da planta do pé e dos outros 4 dedos. Então olha bem pra essa coisinha feia e me diga se te faria falta?

Por outro lado, o dedinho da mão é indispensável. Além de fazer parte da composição perfeita entre os dedos e dar um charme com seu tamanhinho, cada um o utiliza com uma finalidade diferente. Quantas vezes já vi neguinho tomar café e empinar o dedinho achando que está arrasando... E quem não viu um cobrador de ônibus atribuir ao dedinho uma função muito exótica de cotonete ou lenço de papel...

Em breve esquecerei do meu mindinho de novo. Assim que ele parar de latejar.

4.9.08

Sigo gostando disso

Esse também é o máximo!



www.photofonia.com

3.9.08

Eu sou você amanhã

Eu adoro esses sites sites que nos dão outra cara, ou melhor, outro corpo.

Agora sei como seria ter o corpitcho da Gisele. Ou, por outro ponto-de-vista, a Gisele com bochechas:

Create your own FACEinHOLE

Ou como seria a Monalisa sem aquele olhar esquisito:

Create your own FACEinHOLE

Ops. E essa? Onde está a diferença?

2.9.08

Declaração de amor

Hoje minha vóvis faz 81 anos!

6 filhos, 11 netos (e mais um a caminho!) e 3 bisnetos. Haja paciência, hein, Dona Idalina!

É meio vó, meio mãe. Daquelas que todos chamam de vó porque querem ter uma igual. Esses acabam virando seus netos adotivos porque sempre cabe mais um no coração da vó, o maior que conheço.

Me carregou no colo e cuidou de mim enquanto meus pais trabalhavam. Quantas tardes ela teve que nos aguentar... Inteligente, revivia seus tempos de professora me ajudando no dever de casa. Me ensinou de tudo. E, mesmo que estivesse cansada e tivesse seus problemas, nunca reclamava. Sua psicologia é a tranquilidade que se vê na sua voz, a voz da experiência.

Batalhadora, inquieta, inteligente e feliz. E moderna. Mais que a filha mais velha, que acaba fazendo as vezes de mãe, com direito à bronca e tudo. E pasmem! Falo com ela no MSN!

Depois de dizer os nomes de quase todos os netos, ela finalmente acerta e me chama de "tata". Aliás, sou a favorita (claro, isso é coisa que não se pode dizer a todos) kkkkkk. Ou então é porque ela faz com que cada um se sinta o favorito?

Apesar da distância, sei que ela está por perto. É quem sempre tem a velinha acesa pra me ajudar em alguma coisa, rezando para que tudo dê certo.

Vira e mexe aparece alguém por ali pedindo colo. Em busca de um abraço ou um cafuné. Em busca da paz.

Não sei se ela sabe o que representa pra família inteira. Mas cada um é o que é hoje porque leva um pedacinho dela.

Obrigada, vóvis!

A vida é curta

Dave Freeman, autor do guia de viajens “100 things to do before you die”, morre repentinamente, aos 47 anos, depois de bater a cabeça numa queda em sua casa.

“Essa vida é uma viagem curta'', está na publicação. “Como você pode se assegurar de que enche com diversão e de que visita todos os melhores lugares da Terra antes de que empaque pela última vez?''
Freeman visitou em torno da metade dos lugares de sua lista antes de morrer. “Ele não teve dias suficientes, mas os viveu como se tivesse tido'', disse um familiar.

Site do livro: http://www.whatsgoingon.com/

(Notícia de 29/08/08)